
Faleceu nesta sexta-feira a dona de casa Raquel de Araújo, 44 anos. A mulher estava internada em um hospital de referência de queimados na capital fluminense – para onde foi transferida em um helicópetro do Corpo de Bombeiros – após atear fogo ao próprio corpo no interior de uma agência do INSS em Itaperuna no dia 01 de março. A mulher,que sofria de distúrbios mentais e teve o benefício negado por várias vezes, teve cerca de 70% do corpo comprometido pelas chamas.
Relembre o caso:
Uma mulher ateou fogo ao próprio corpo no interior da agência do INSS em Itaperuna, na tarde desta terça-feira (01/03). Ela estava dentro do consultório, onde seria atendida por um médico perito, quando antes do início da consulta cometeu o ato.
Segundo uma testemunha, que preferiu não se identificar, o médico estava digitando o laudo pericial e por isso não teria visto quando Rachel de Araújo, 44 anos, tirou um frasco de álcool de dentro da bolsa e derramou no corpo ateando fogo em seguida. Os demais segurados,que estavam do lado de fora do consultório,ouviram o barulho da explosão, causada pelo combustível e assustados viram o perito desesperado abrir a porta gritando por socorro.
Rachel já havia sido submetida a perícia diversas vezes, porém não conseguia renovar o auxílio doença. Ela foi socorrida por Bombeiros e levada para o Hospital São José do Avaí, onde está internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI), com queimaduras de segundo e terceiro graus no pescoço, tórax, braços e pernas. Seu estado de saúde é considerado grave.
Criava filha sozinha
Raquel de Araújo, a mulher que colocou fogo no próprio corpo durante perícia no INSS teria uma filha cinco anos. Estava de benefício em decorrência de problemas neurológicos.Segundo testemunhas,estava impedida de trabalhar,realizava tratamento médico e sustentava a filha com o dinheiro que recebia da Previdência Social.
Raquel que é mãe solteira e já apresentava um quadro depressivo, teve 70% do corpo queimado e segundo o último boletim do Hospital São José do Avaí, onde está internada,seu estado é gravíssimo.
O médico perito Quintino do Nascimento Cavichini,que a atendia, informou que só pode conceder entrevistas com a autorização de seus superiores do INSS. No entanto ele deverá prestar depoimento na 143ª DP, que investiga o caso.
Noroeste Online com informações da Rádio Natividade
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