À primeira vista, o que chama a atenção é o palco do espetáculo. A
grama é alta, e o campo, irregular e esburacado. Mas o estádio do
Itaperuna também ficou conhecido como o point das bizarrices. Para
reforçar a tese, Itaperuna e Aperibense protagonizaram esta semana um
verdadeiro espetáculo lúdico, para não dizer futebol no melhor estilo “pólo aquático com os pés”, pela Segundona do Carioca.
Antes disso, o lugar foi palco da guerra Tricolor x Rubro-Negro. Com o
estádio lotado, parecia Fla-Flu. Porém, era o duelo entre Cabofriense e
Porto Alegre, time que deu origem ao Itaperuna. Resultado: dois feridos
e muito sangue no gramado.
Quando o Flamengo passou por lá, em 1996, Romário, Mancuso e Sávio
levaram a torcida ao delírio. A empolgação foi tanta que o alambrado
atrás de um dos gols desabou e a partida teve que ser interrompida.
Mais memorável do que isso, só a cena marcante que aconteceu no
confronto entre Vasco e Itaperuna. O Gigante da Colina vencia por 3 a 2,
último gol marcado por Edmundo, até que os jogadores descambaram para a
violência. Com isso, o juiz expulsou quatro atletas, três deles do time
anfitrião. Pronto. Foi o suficiente para o técnico da equipe local
perder a cabeça e as calças.
Ele ficou pelado e teve de ser contido por policiais.
Ele ficou pelado e teve de ser contido por policiais.
- Foi um protesto. Eu fiquei nu mesmo. A partir de hoje eu abandonei a minha profissão – bradou Paulo Matta à época.
A moda do Paulo Matta não pegou, e o futebol continuou liberado para
menores de 18 anos. Mas o episódio fez crescer a fama do Estádio Jair
Bittencorut, o Bittencourtzão, como campo de batalha e palco improvável
onde tudo pode acontecer.
Com informações do Globo Esporte
0 Comentários