Será instalado em breve no Hospital São José do Avaí uma Câmara Hiperbárica, que vai proporcionar o tratamento: chamado de oxigênoterapia hiperbárica (OHB), adotada como terapia complementar a medicamentos e cirurgias, e pode colaborar sensivelmente para a recuperação do paciente.
O equipamento trará grandes benefícios para os diabéticos, entre os quais 7 a 10% evoluem para lesões nos pés, com risco de amputação 40 vezes maior do que em não diabéticos. A cicatrização de feridas persistentes, como a gangrena, pode ser acelerada quando o paciente é submetido a sessões dentro da câmara.
A medicina hiperbárica estuda as alterações fisiológicas do organismo exposto a pressões superiores a normal, com a inalação de oxigênio puro. É a combinação desses dois fatores, alta pressão e uso de oxigênio, que acelera a recuperação do tecido. O tratamento na câmara hiperbárica é usado também em casos de queimaduras, infecções recorrentes, para pessoas que inalaram fumaça ou sofreram envenenamento por monóxido de carbono (CO²), que sofreram acidentes de mergulho e embolia.
Segundo o Dr. Marcus Bedim, médico responsável pela implantação do serviço no HSJA, qualquer cicatrização requer que o sangue leve o oxigênio até o local. Ou seja, quando falta oxigenação, a ferida tende a não cicatrizar, além de infeccionar e aumentar de tamanho. No tratamento com a câmara hiperbárica, espécie de tubo vedado onde o paciente permanece deitado, são efetuadas sessões, cuja duração, nível de pressão, número total e intervalos de aplicação são variáveis de acordo com as patologias e os protocolos utilizados.
Na câmara hiperbárica é aumentada à pressão, que pode variar de duas a três vezes a pressão atmosférica, para que o oxigênio puro respirado se difunda mais no sangue, assim haverá um aumento de 10 a 20 vezes na quantidade de oxigênio dissolvido nos tecidos. Essa alta concentração favorece a vascularização (multiplicação dos vasos sanguíneos e linfáticos), além de ser antiinflamatória e cicatrizante. Durante as sessões, os pacientes não sentem dor e o ambiente interno é aquecido.
A grande vantagem do tratamento da OHB são os benefícios sócio-econômicos proporcionados pela diminuição do tempo de internação e do tratamento e o atendimento dos pacientes da região que tem que se deslocar para Campos ou outras capitais para ter acesso a este tipo de tratamento.
O Dr. Marcus Bedim, responsável pelo serviço, que deverá começar a ser instalado em agosto deste ano, é cardiologista e fez especialização em Medicina Hiperbárica na USP.
Fonte: ASCOM Hospital São José do Avaí
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